Podemos pegar no caso Strauss-Kahn partindo de dois pontos de vista. O da inocência, que só podemos julgar, se o pretendermos fazer, na medida das nossas convicções. Só Strauss-Khan e a camareira - a menos que houvesse mais alguém naquele quarto - sabem o que se passou. Mas é legítimo, nestes casos, formarmos as nossas convicções, porque mesmo sendo assuntos do foro íntimo das pessoas envolvidas, as consequências que do caso resultam para a sociedade podem exigir uma reflexão. Neste caso em concreto, era preciso perceber se o homem que estava à frente de uma entidade com a relevância do FMI era um criminoso do calibre das acusações que lhe estavam a ser feitas.
Com isto entramos no outro ponto de vista sobre este caso, que é o da Justiça. Strauss-Kahn foi julgado na praça pública. Foi visto várias vezes, nas situações mais humilhantes, com as mãos atrás das costas. Como aqui escrevi, nem os criminosos mais procurados pelos Estados Unidos, quando capturados, são tão expostos. Por que se fez isso a Strauss-Kahn? Que primeira audiência foi aquela, em que se tratou o director-geral do FMI como um delinquente a reincidir?
Uma acusação de violação deve começar a ser investigada no momento em que é feita. O acusado deve ser sujeito a provas e ouvido imediatamente. Se for o director-geral do FMI, também. Mas não se pode prender uma pessoa durante uma investigação quando não há provas suficientemente seguras da prática do crime. A Justiça norte-americana concluiu que houve contacto entre Strauss-Kahn e a camareira, e isso foi suficiente para o prender, mesmo quando o risco de Strauss-Kahn escapar à justiça norte-americana era manifestamente baixo. Será que Strauss-Kahn podia passar a governar o Fundo Monetário Internacional num complexo residencial no Paquistão?Então - pergunta-se - por que motivo Strauss-Kahn foi tão rapidamente travado? E como foi possível alguém twittar a detenção em França poucos minutos depois? Que silêncio foi aquele sobre a mulher que o acusava? De onde surgiram tantos relatos de um “gorila com o cio”, até então calados? Por que se passeou Strauss-Kahn por todas as ruas de Nova Iorque, com as mãos atrás das costas e guardado por guardas suficientes para agarrar, de facto, um “gorila com o cio”? Com as mais recentes notícias, reforço, naturalmente, a minha convicção sobre a inocência de Strauss-Kahn, que não terá violado ninguém. Terá sido apenas tolo e caiu numa armadilha que lhe foi montada, ou por uma camareira ou por um camarada.
Uma acusação de violação deve começar a ser investigada no momento em que é feita. O acusado deve ser sujeito a provas e ouvido imediatamente. Se for o director-geral do FMI, também. Mas não se pode prender uma pessoa durante uma investigação quando não há provas suficientemente seguras da prática do crime. A Justiça norte-americana concluiu que houve contacto entre Strauss-Kahn e a camareira, e isso foi suficiente para o prender, mesmo quando o risco de Strauss-Kahn escapar à justiça norte-americana era manifestamente baixo. Será que Strauss-Kahn podia passar a governar o Fundo Monetário Internacional num complexo residencial no Paquistão?Então - pergunta-se - por que motivo Strauss-Kahn foi tão rapidamente travado? E como foi possível alguém twittar a detenção em França poucos minutos depois? Que silêncio foi aquele sobre a mulher que o acusava? De onde surgiram tantos relatos de um “gorila com o cio”, até então calados? Por que se passeou Strauss-Kahn por todas as ruas de Nova Iorque, com as mãos atrás das costas e guardado por guardas suficientes para agarrar, de facto, um “gorila com o cio”? Com as mais recentes notícias, reforço, naturalmente, a minha convicção sobre a inocência de Strauss-Kahn, que não terá violado ninguém. Terá sido apenas tolo e caiu numa armadilha que lhe foi montada, ou por uma camareira ou por um camarada.
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