quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cobrada consulta depois de morta

"Como é possível ter ido à consulta? Só se tivesse saído da campa". Hélio Fonseca, de Portimão, está indignado por ter recebido uma cobrança em nome da mãe, por uma consulta a que esta terá ido dois anos depois de ter morrido. O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Barlavento Algarvio recuperou 15 mil taxas em atraso, mas com erro.
O ACES emitiu uma carta em nome de Feliciana Luísa Matos, cobrando-lhe 1,5 euros de taxa moderadora em atraso por uma consulta de 2009. Na carta, a que o Borregas teve acesso, é estabelecido um prazo de dez dias para pagamento voluntário, sob pena de acção judicial. A carta é do dia 7 deste mês.
Segundo a declaração de óbito de Feliciana Matos, a senhora faleceu a 17 de Março de 2007, aos 68 anos. O filho foi ao Centro de Saúde de Portimão e aí admitiram o erro e perdoaram a dívida. "Eu queria um pedido de desculpa", lamenta Hélio.
A carta de cobrança é assinada por Hugo Rodrigues, responsável pela Unidade de Apoio à Gestão do ACES do Barlavento. Ao Borregas, Hugo Rodrigues explicou ter havido um erro. "O sistema assumiu 1999 como 2009. Lamentamos e perdoamos as dívidas nestes casos", assegurou. Na recuperação de taxas moderadoras em atraso naquele ACES foram agora emitidas 15 mil cartas de cobrança, sete mil das quais em Portimão.

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