Um grupo de fuzileiros da escola de Vale de Zebro agrediu violentamente, no ano passado, um companheiro em circunstâncias que estão por esclarecer – ou já o foram e estão escondidas. O Público e o Expresso dão a notícia. Interrogada pelo diário, a Marinha fecha-se em copas, não se sabe se por segredo de Estado se por mera vergonha. Mas o registo de vídeo, publicado pelo semanário, é bem elucidativo. Aparentemente os corajosos militares da garbosa academia terão sido punidos com cinco dias dentro do quartel, desconhecendo-se como os aproveitaram pois não terá sido a primeira vez que se dedicaram a sovar camaradas. É impossível não ligar este caso ao das miúdas que pontapearam uma colega e foram mandadas para prisão preventiva. Quando a tropa premeia com cinco diazinhos de castigo um bando que veste a lustrosa farda dos fuzileiros e um juiz civil não consegue enxergar na lei outra medida para jovens zaragateiros de 15, 16 e 18 anos que não seja a prisão preventiva não temos mesmo quem nos defenda – nem as forças armadas nem a justiça. Portugal está mesmo à deriva, balança, enjoa quando não dá vómitos. Bem pode o Presidente da República pedir justiça, como os jovens advogados oficiosos no fim dos julgamentos nos quais pesaram pouco ou nada...
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